2009/10/31

Mestre Aurélio: A saga continua




Queridos amigos,

Depois de uma ausência injustificável, perdoem não deixar tão perene nossas conversas, mas o tempo é fugidio.

Volto outra vez, em outra efeméride, na sequência dos 75 anos do anjo Garrincha III, nos 100 anos do mestre Aurélio Buarque de Holanda, alagoano, do velho Passo de Camaragibe, pertinho do mar. Nesse sabadão quase domingo, antes de sair e tomar umas birinaites, tenho que sobressaltar (até lançar CAIXAS ALTAS) para a mais sensível e merecida homenagem na abertura da Bienal, ao centenário de Aurélio Buarque de Holanda, no Centro de Convenções.

Foi tudo muito supimpa, uma organização perfeita: sala climatizada, público presente, e a paz zen e celestial de dona Marina Baiard Ferreira, a viúva do mestre, grande homenegeada da noite, que recebeu a Medalha Arthur Ramos, uma das mais altas comendas do estado.

No comando, mas seduzido pela emoção, o secretário do Planejamento Sérgio Moreira, lascou um discurso de tirar lágrima de pedra, mas com a emoção mais viva de ter convivido e amado Aurélio, e participar do grande banquete das palavras, com grandes personas da terrinha. Ao agradecer, dona Marina, com sua voz baixinha no microfone definia: "Ele é inteiramente Alagoas".

 Na terça-feira que vem vou entrevistá-la, junto com Milena, para um documentário pensado pelo Sérgio, e tornado real pelo grande Werner, cineasta campeão.

A presença de Marina fez brilhar o lançamento da revista Graciliano, com edição especial do centenário do mestre, em um belo trabalho gráfico do mestre Rizzotto, com produção do doutor Kummer, presidente da Imprensa Oficial, e editado por Milena. 

Um grande abraço a meus amigos blogueiros
Mario Lima





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2009/10/17

GARRINCHA PARA SEMPRE!!




Não poderia deixar de marcar minha nova vida no cyberespaço sem falar dele: do anjo das pernas tortas, do anjo Manoel Francisco dos Santos, o anjo Garrincha,  em 18 de outubro, o maior jogador de futebol de todos os tempos, estaria fazendo 75 anos. Em Pau Grande,  Magé, no Rio de Janeiro, onde nasceu; comemorou com festa em todos os santuários do clube da Estrela Solitária.


Não é a toa que o nome do meu blog é Estrela Solitária, a estrela é ele, o Garrincha da Elza, o "joão" que dribla até o vento; o fenomenal jogador de futebol que levou duas copas do mundo como o melhor de todos; que tomou as maiores biritas, que criou tanto passarinho, que levou ao delírio a grande massa alvinegra e seu manto sagrado.

Com a camisa do Botafogo, Garrincha foi campeão carioca em 1957, ano que nasci, ano de Botafogo campeão, com o Mané arrasando no Maraca.  Ele faz  parte daquele que é considerado o melhor time do Botafogo de todos os tempos ao lado de Nilton Santos, Didi, Amarildo e Zagallo, todos campeões mundiais.

Depois escrevo mais sobre o Garrinncha, agora vou comemorar, tomar umas biritinhas no saturday nights.

Deixo com vocês uma belíssima passagem do livro Futebol ao Sol e a Sombra, do escritor uruguaio Eduardo Galeano (Veias Abertas da América Latina), sobre a vida do Mané. É imperdível.

Garrincha

“Nunca houve um ponta-direita como ele (…). Foi o homem que deu mais alegria em toda a história do futebol. Quando ele estava lá, o campo era um picadeiro de circo; a bola, um bicho amestrado; a partida, um convite à festa. Garrincha não deixava que lhe tomassem a bola, menino defendendo sua mascote, e a bola e ele faziam diabruras que matavam as pessoas de riso: ele saltava sobre ela, ela pulava sobre ele, ela se escondia, ele escapava, ela o expulsava, ela o perseguia. No caminho, os adversários trombavam entre si, enredavam nas próprias pernas, mareavam, caíam sentados.

Garrincha exercia suas picardias de malandro na lateral do campo, no lado direito, longe do centro: criado nos subúrbios, jogava nos subúrbios. Jogava para um time chamado Botafogo, e esse era ele: o Botafogo que incendiava os estádios, louco por cachaça e por tudo que ardesse, o que fugia das concentrações, pulando pela janela, porque dos terrenos baldios longínquos o chamava alguma bola que pedia para ser jogada, alguma música que exigia ser dançada, alguma mulher que queria ser beijada (…)”

Esse é Garrincha!!!!

2009/10/15

O Imperador, o Velho Chico e o povo riberinho




Há exatos 150 anos, em outubro de 1859, o imperador Dom Pedro II (1825-1891) deixava a corte, no Rio de Janeiro, e embarcava numa aventura pelo Rio São Francisco.


A bordo de navios a vapor, montado em lombo de burro, ou enfrentando nuvens de mosquitos, o imperador singrou o Velho Chico, de Piaçabuçu à majestosa Cachoeira de Paulo Afonso. Toda a viagem foi registrada em um diário de bordo – ilustrado por gravuras – do próprio punho do monarca, aos 36 anos.


Para marcar a data e promover a inclusão produtiva de toda a população ribeirinha do Baixo São Francisco, o governo do Estado de Alagoas, numa ação que envolve quatro secretarias de Estado – Cultura, Turismo, Planejamento e Comunicação – resgata a viagem do monarca e inaugura um novo roteiro de turismo.


É o Arranjo Produtivo Local (APL) Caminhos do São Francisco, que visa à promoção da economia regional e o incremento de um turismo sustentado, com geração de emprego e renda e foco na cultura, na diversidade do povo, no folclore, no artesanato, nas histórias de vida e na beleza cenográfica da região.


Para abrir o novo roteiro do APL Caminhos do Imperador, o governo promove a Expedição Dom Pedro II, que refaz – exatamente 150 anos depois e na mesma época – a trajetória do monarca, passando por 12 municípios alagoanos, mais Propriá (SE), Jatobá (PE) e Paulo Afonso (BA). Todas as prefeituras do roteiro estão engajadas nesse projeto.


Para revelar mais dos Caminhos do Imperador, o Diário Oficial, com o apoio da Imprensa Oficial Graciliano Ramos/ Cepal, traz esse encarte especial – que reúne toda a série de reportagem já publicada no D.O, entre os dias 28 de setembro e 8 de outubro.


O texto acima é da capa do encarte que será lançado nessa sexta, como um edição especial do Diário Oficial, com todas as matéria da série de reportagem dos jornalistas Telma Elita e Neno Canuto (fotos), depois de percorrerem mais de 1.500 quilômetros, pela chamada Costa Doce de Alagoas.

Telma e Neno, com o livro do Imperador na mão - Dom Pedro II relatou em um diário toda sua aventura pelo Velho Chico - conseguiram fazer um sonho que era meu (percorrer todas as cidades em que o monarca passou). Mas a matéria ficou em boas mãos. Vale conferir e ler todo o emcarte.

Amanhã, sexta-feira, estarei no ponto de partida, a cidade de Piaçabuçu, a primeira parada do Imperador. Na verdade, não vou seguir a expedição, mas acompanhar o governador Teotonio Vilela Filho, que vai abrir a solenidade. Vou aproveitar para distribuir nosso encarte (mandei fazer mais 500 exemplares para os expedicionários e a imprensa local e nacional que vai acompanhar todo o trajeto pelo Baixo São Francisco.

Na verdade, me tornei um guardião do São Francisco, e há dois anos acompanho de perto tudo que o governo faz que envolva o Velho Chico. O começo foi o secretário de Planejamento Sérgio Moreira, que me deu a função de cuidar dos assuntos do rio na sua pasta (eu era o assessor de Imprensa).

Participei da primeiras ações em defesa do rio, e a busca de soluções para beneficiar a população ribeirinha, que até hoje vive, em grande parte, sofrendo com isolamento territorial e social. Participei da primeria expedição que iria formatar o atual roteiro Caminhos do Imperador, com técnicos e especialistas espanhóis da Agência Espanhola de Desenvolvimento (AED), parceiro do governo na formação de um roteiro de turismo sustentável na região.

Mapeamos e diagnósticamos rede hoteleira, potenciais econômicos, patrimônio histórico e geográfico, além de conhecermos mais profundamente a gente do Velho Chico, os ribeirinhos e suas história de vida.  Toda nossa pesquisa serviu de base para formar e lançar o APL Caminhos do São Francisco, em Penedo, no Teatro Sete de Stembro.

Como fruto dessa viagem editei, junto com o jornalista Gustavo Aciooly, o professor Sávio de Almeida, o presidente da Imprensa Marcos Kummer, o design Fernando Rizotto, sob o comando do secretário Sérgio Moreira o livro "A Costa Doce de Alagoas". Um edição luxuosa com 28 lâminas de fotos, do seis fotógrafos alagoanos que retrataram o Velho Chico a sua maneira. O livro ficou muito bonito. Teotônio entregou, em Delmiro Gouveia, em cima de um palanque, um exemplar do livro ao presidente Lula.

O APL Camnhos do São Framcisco, para situar meu leitor, como afirmou Sérgio Moreira, em um email que recebi dele, "é uma política pública do Governo Estadual para a estruturação de um destino turístico único no Brasil que busca promover a valorização da história e da cultura das populações ribeirinhas e a preservação e recuperação do meio ambiente".

Moreira prossegue: "Estamos em processo de construção de um conceito sofisticado de exploração econômica de baixo impacto cultural e ambiental, baseada na valorização de antigos e preservados saberes e fazeres expressos em músicas, danças, culinárias, estórias e lendas, crenças e religiosidades".

E finaliza: "Se trata de um território que possue unicidade, integração e diversidade. De que há muito de semelhança e muito de diversidade no Baixo São Francisco, que forma uma unidade geográfica, cultural e econômica ao mesmo tempo que existe uma diversidade enorme entre os extremos de Piaçabuçu e Delmiro Gouveia ou entre os extremos de Piranhas e Penedo".

Salve o Velho Chico pelos séculos!


Certamente, durante a expedição Dom Pedro II, vou postar novas boas histórias e aventuras no Velho Chico. Aguardem!  





2009/10/13

Mais um empate, dessa vez na raça...

Uma terça-feira pós-feriadão. Depois de nadar 1.000 metros hoje pela manhã na piscina da Fênix, mais um blog postado. Vou falar de ontem, com mais um empate - o 13º no Brasileirão - do Botafogo. A galera foi em peso ao Engenhão, mais de 35 mil pagantes e muita gente do lado de fora querendo entrar. Com dois gols de Victor Simões, conseguimos um pontinho, e continuamos respirando uma posição acima do rebaixamento. Agora é o Cruzeiro no Mineirão, e o Mengo no Maraca. Acho que dá. No jogo de ontem perdemos muitos gols e levamos dois por falha da bizonha zaga do Fogão. Mas esta alturta não tem jeito, é aguentar Wellinton, Emerson e até o Juninho (porque nãoi esperimentá-lo como volante). É isso aí, vamos para o trampo.        

2009/10/12

Seja bem vindo ao mundo baby


No dia das crianças posto uma poesia que escrevi para meu filho Mário Antonio, quando ele nasceu, lá pelos idos de 1980. Hoje com 29 anos e me deu um lindo neto de presente, o Matheus, que em dezembro já será doutor no ABC. Nesse feriado gostoso da segunda-feoira, dia das crianças, dedico a poesia e o posto ao meu lindo neto Matheus.

Sob signo da esperança

Toninho, meu filhão!
seja bem vindo ao mundo
das faunas e das floras
das flores e das guerras
das águas e das terras

mesmo com tanta confusão
notícias de jornal
imagens na televisão
explodindo na cara da gente
a mãe natureza insiste
persiste até o último fôlego

venha com braços, pernas e amor
venha com a vida colorir o espaço
venha com a vida transformar o pedaço

viva o sol, a lua, o fogo e o ar
o verde, o ventre, o brilho, o mar
a liberdade, a sinceridade, a amizade

viva o homem, a mulher,
a cachaça, o futebol,
o chope, o domingo,
o gibi, a pracinha,
o prazer, o teatro,
o cinema, o parque,
a praia, o ócio

viva o dia, a noite,
o riso, o rubro,
o sangue, o galo,
o tombo, o mergulho,
o salto, a farinha, o
 feijão, o pão, a terra,
o trabalhador

viva o beijo, o abraço,
o traço, a letra, o livro,
o saci pererê, o sítio do pica pau,
o quadrinho, o cartaz,
o palhaço, o picadeiro

viva o boi, o peixe,
o pato, o prato, o boto,
o pombo, o lombo do cavalo,
o elefante, a girafa,
o pingüim, o tatu,

viva o leão, o jacaré,
o javali, o tubarão,
o vampiro, o vilão,
o lobisomem

viva o olhar, o paladar,
a audição, o tatear, a mão,
a semente, a plantação,
a comunhão, o suor,
o desejo, a realização,
o sonho, o vôo, a fé,
as raízes, o presente,
o futuro, o começar

Para meu filho Toninho




2009/10/11

Minha segunda mensagem

Meu blog é jornalismo, futebol, música, notícias do Brasil e do Mundo e troca de ideias com os amigos

Cheguei ....


Queridos amigos,

Eu, alagoano confesso, minha sina meu degredo. A partir de hoje, falarei para essa rede imensa da internet, sobre jornalismo, informação pública e privada, e tudo que a vida cotidiana traz para relevo do mundo. Muitas coisas para contar.

A Estrela Solitária